O comerciante Valter Gonçalves Aguiar foi condenado a 5 anos de prisão pelo crime de tráfico de drogas. A mulher dele, Selma Maria dos Santos, que havia sido presa junto com o marido, foi absolvida pela Justiça.
A sentença foi proferida na terça-feira (23) pelo juiz Emerson Sumariva Junior, titular da 3ª Vara Criminal de Araçatuba. Valter segue preso em uma penitenciária de segurança máxima e Selma saiu da cadeia no mesmo dia.
O casal foi preso por tráfico de drogas em outubro do ano passado em um bar no bairro Elias Stefan (Araçatuba G). na ocasião, a Polícia Militar surpreendeu um adolescente com cinco pinos de cocaína em um matagal na frente do bar do casal.
O menor disse que vendia drogas para o comerciante, que acabou preso com a mulher após a PM achar mais 84 pinos de cocaína, porções de maconha e balança de precisão no estabelecimento comercial. Além dos entorpecentes, a polícia aprendeu cerca de R$ 27 mil em dinheiro na casa do casal.
Durante o processo, em audiência no Fórum, o comerciante disse que, em razão da crise do Covid-19, começou a vender entorpecente no bar para manter o sustento da família e que vendida cada pina a R$ 10,00. Ele alegou que o dinheiro apreendido não era fruto de droga e sim dos produtos vendidos no bar e que que sua esposa Selma não sabia que ele estava vendendo drogas no bar.
Em juízo, Selma negou a venda de drogas e disse que o marido comercializada os entorpecentes sem o conhecimento dela e que ele é usuário de maconha.
“Como se pode notar pela prova produzida em juízo, não resta nenhuma dúvida de que o réu Valter Gonçalves Aguiar foi surpreendido traficando. Os depoimentos policiais foram seguros e coesos; não há razão para se acreditar que os policiais militares teriam a intenção de “armar” para o réu; numa cidade de 200 mil habitantes, difícil acreditar que os policiais escolhessem um bar da periferia da cidade para incriminar o acusado”, escreveu Sumariva na sentença. “Em relação à ré Selma, a prova se mostrou duvidosa, tanto que o próprio Promotor de Justiça pediu sua absolvição”, acrescentou o magistrado.
Selma foi representada pelo advogado criminalista Flávio Batistella. “Desde o início, sempre alegamos que a minha cliente não tinha nada a ver com os entorpecentes apreendidos na ocasião, que ela é uma pessoa do bem, sem nenhum antecedente e que trabalha todo dia arduamente”, observou o criminalista. “Sempre acreditamos que a justiça seria feita e isso ficou provado com a absolvição da minha cliente”, concluiu Batistella.
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